Evangélico e Homofobia
Os
líderes evangélicos, pós-evangélicos, pentecostais, neopentecostais... como
queiram chamar, utilizadores da mídia televisiva, alcançaram níveis de
evidências sem precedentes no Brasil. Alguns enveredaram na carreira política e
estão ocupando cargos estratégicos com muita visibilidade, caso do Marcos
Feliciano.
Há um ano
e meio atrás explodiu no Brasil uma onda de protestos por causa de sua eleição
à Comissão dos Direitos Humanos na Câmara dos Deputados. Houveram investigações
minuciosas, da parte do Movimento LGBT, com o intuito de descredenciar e
descontruir (palavra em moda, associada à Marina nestes dias), a pessoa do
Feliciano.
Esta ação
agressiva, preconceituosa, não só contra o pastor deputado, mas contra quase toas as manifestações ou expressões evangélicas, ficando em mais evidência no
processo eleitoral de 2014.
Quem vai parar com as agressões?
Quem vai parar com as agressões?
Pastores
com visibilidade e interesses eleitoreiros, também com uma carga de preconceito
indisfarçável e o Movimento Gay com sua prática agressiva, acredito,
proporcional ao nível de agressão sofrido por eles, de uma forma indiscriminada
ao longo dos milênios, principalmente no contexto “cristiânico*” e islâmico;
duas enormes ondas religiosas mobilizadoras e controladoras de massas em nome
de profetas, os quais não avalizaram estas atitudes.
Pelo
menos Jesus, com certeza, não orientou desta forma.
Cabe a parte
que prega o amor - não me referindo a Eros, mas a Ágape - reagir de forma
diferente.
A
propósito: uma igreja que ama acolhe.
Afirmo: a
maioria, grande maioria das igrejas ditas cristãs, incluindo católicos,
adventistas, igrejas protestantes históricas, passando, claro pelos neo e pentecostais,
não têm estrutura para acolher homoafetivos, àqueles, especificamente, que escolhem o seio da religião cristã, não
importando a sua variante, como refúgio ou amparo para as suas questões e crises
sejam espirituais, existenciais, de cunho moral ou de outra ordem.
A pressão que este popular pastor continua a receber nestes dias,
leva-me a refletir acerca do nível de preparo,sensibilidade e profundidade da
liderança midiática.
Um detalhe sério no contexto do Brasil
contemporâneo: a realidade fora dos limites dos templos é outra. A população no
geral observa os evangélicos, principalmente os televisivos, com muita atenção
e fiscalização. Parece que boa parte dos pastores midiáticos ainda não
percebeu.
Existe um seguimento
“evangelicofóbico”, esta parte da população não vai ser “convencida” ou
“acalmada” só com argumentos bíblicos, nem com as técnicas usuais de persuasão
e manipulação emocional corriqueira. Eles estão atentos às ações lesivas, de
exploração e engano, há anos, praticadas impunemente, por nossos ágeis e
competentes animadores.
Estado laico
Por falar em Estado laico, estou atento a expedientes utilizados, com este argumento pelos
secularizados ou anticristãos. Abusam da legalidade só que, exclusivamente
contra os evangélicos. O Estado é laico e não pode beneficiar
nenhuma tendência religiosa, nem catolicismo, nem religiões animistas (seja
indígena, seja afro), nem espíritas, tão pouco espiritualistas (seja de influência
europeia, seja oriental, seja afro), da mesma forma não convém ao Estado
trazer temas religiosos, seja de forma explicita ou velada independente da fé.
Concordo que as instituições educacionais administradas pelo Estado
tenham, nas suas programações, em horários específicos, espaço aberto à reflexão religiosa, dando-se oportunidades a todas as tendências, com os alunos podendo escolher,
livremente o que quer ouvir.
Os pastores midiáticos
Os pastores da TV
precisam se embasar mais na temática do homossexualismo, ler mais sobre o
assunto, perceber as informações bíblicas sobre as minorias em seu contexto, no
ângulo correto.
Acrescento: O
seguimento mais visível do “mundo gospel”, pratica uma ética comprometida,
frágil, para não escrever quase inexistente. Precisam tapar as suas brechas com
um bom material chamado confissão e arrependimento, apelando para a graça plena
em Jesus.
Mas, ainda não é o fim,
Pr. Pedro Luís
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